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Interações em sala de aula


A sala de aula é um dos lugares de aprendizagem e interação, espaço de criatividade e crescimento intelectual. Na sala de aula, o espaço também é reservado para o conflito. Que seja, porém, o conflito construtivo. E, se não for, pelo menos, seja um conflito que denuncie a  insatisfação. A sala, que em décadas passadas, era lugar de omissão, de silêncio e submissão está tendo novos contornos. Está viva! Falando! Gritando! Está em busca de “algo” que mesmo intrínseco, implícito, ou melhor, sendo descoberto, tem esperança nas inovações.

O movimento das crianças e dos adolescentes mostram que eles não são apenas “alunos”; são sujeitos ativos, criativos, insistentes nos seus objetivos. Em alguns momentos, a sua perseverança em determinada atividade, seja ela pedagógica ou lúdica incomoda, faz barulho e irrita quando não é compreendida, principalmente pelos adultos.

Algumas crianças e adolescentes são falantes, assim como alguns adultos. Outros são tímidos, inquietos, gostam de se movimentar etc. Quanto à maneira de receber atenção e carinho, alguns gostam de ser tocados, outros não gostam e preferem um elogio ou uma lembrancinha para recordar o momento de interação. Outros querem ser o “centro das atenções”. As crianças e os adolescentes querem tudo! Até mesmo o limite. Todas as maneiras de expressão estavam proibidas e a modernidade conquistou a libertação do silêncio, porém trouxe outras questões que precisam ser analisadas. Veja o artigo: “Educação na modernidade”.

A finalidade das interações em sala de aula é o processo ensino-aprendizagem e a construção da subjetividade da criança e do adolescentes como cidadão crítico e reflexivo.

Vygotsky (1994) defende que a construção do conhecimento ocorre no processo de interação da criança com as pessoas que convive. A mediação do outro é importante para a criança não apenas no processo de aprendizagem escolar, mas também na sua constituição como sujeito e na sua forma de agir. Partindo desse pressuposto, as atitudes dos professores são fundamentais no processo de aprendizagem das crianças e dos adolescentes e nas relações interpessoais, assim como as atitudes dos adultos que convivem com a criança e o adolescente.

Sala de aula brasileira é mais indisciplinada que a média, diz estudo


Fonte: Portal G1, 24/05/2011

As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de outros países avaliados em um estudo do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês). O estudo, feito com dados de 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que, no Brasil, 67% dos alunos entrevistados disseram que seus professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula. Entre os 66 países participantes da pesquisa, em média 72% dos alunos dizem que os professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar que a classe se discipline. Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, no Cazaquistão, em Xangai (China) e em Hong Kong, entre 93% e 89% dos alunos disseram que as classes costumam ser disciplinadas. Finlândia, Grécia e Argentina são os países onde, segundo percepção dos alunos, os professores têm de esperar com mais frequência para que os alunos se acalmem. O estudo foi feito com alunos na faixa dos 15 anos.

Menos distúrbios- O estudo identificou que os distúrbios em sala de aula estão, em média, menores do que eram na pesquisa anterior, feita no ano 2000. "A disciplina nas escolas não deteriorou - na verdade, melhorou na maioria dos países", diz o texto da pesquisa. "Em média, a porcentagem de estudantes que relataram que seus professores não têm de esperar muito tempo até que eles se acalmem aumentou em seis pontos percentuais." Segundo o estudo, a bagunça em sala de aula tem efeito direto sobre o rendimento dos estudantes. "Salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a menos aprendizado, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar", afirma o relatório da OCDE. "Estudantes que relatam que suas aulas são  constantemente interrompidas têm performance  pior do que estudantes que relatam que suas aulas têm menos interrupções."

A criação desse ambiente positivo em sala de aula tem a ver, segundo a OCDE, com uma "relação positiva entre alunos e professores". Se os alunos sentem que são "levados a sério" por seus mestres, eles tendem a aprender mais e a ter uma conduta melhor, conclui o relatório. No caso do Brasil, porém, a pesquisa mostra que os estudantes contam menos com seus professores do que há dez anos. "Relações positivas entre alunos e professores não são limitadas a que os professores escutem (seus pupilos). Na Alemanha, por exemplo, a proporção de estudantes que relatou que os professores lhe dariam ajuda extra caso necessário cresceu de 59% em 2000 a 71% em 2009", afirma o relatório. Já no Brasil essa proporção de estudantes caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.


Ensino de leitura e escrita: entre reclamações e apoio pedagógico

Dissertação de mestrado:
Universidade Federal do Mato Grosso.
Nesta dissertação apresentam-se resultados de pesquisa de mestrado em educação vinculada à Linha de Pesquisa Educação e Linguagem (Grupo de Pesquisa Alfabetização e Letramento Escolar – ALFALE). O objetivo da investigação  foi analisar as dificuldades apontadas por professoras no processo ensino-aprendizagem da leitura e escrita, em uma escola do município de Rondonópolis-MT que oferece Apoio Pedagógico às crianças indicadas. A investigação, de abordagem qualitativa,foi realizada com crianças das séries iniciais do ensino fundamental - consideradas de difícil aprendizagem e comportamento - indicadas por professoras para apoio pedagógico. Os procedimentos metodológicos incluíram entrevistas, questionários com  professoras e crianças, observação da prática docente e registro do atendimento semanal de onze crianças indicadas para apoio pedagógico, durante um semestre letivo. Adotando como referencial teórico os pressupostos da abordagem sócioconstrutivista,  enfocou-se  a importância do papel do adulto como mediador no ensino. Foi possível observar que nos encontros de apoio pedagógico, as crianças apontadas  como tendo dificuldade na aprendizagem da escrita e da leitura e com dificuldade no comportamento em sala de aula, participaram ativamente das propostas de produção de textos espontâneos, cumprindo igualmente todas as atividades apresentadas nesses encontros com a  pesquisadora. A análise dos dados  evidenciou  uma oscilação  nas concepções pedagógicas das professoras, revelando contradições relacionadas  à proposta do material didático  adotado pela escola, a prática docente desenvolvida em sala de aula e as expectativas dos alunos. As reclamações que acompanharam as crianças, levando-as aos encontros de Apoio Pedagógico, parecem estar vinculadas, muito mais a uma incompreensão por parte da escola e professoras sobre os interesses e a cultura de uma infância contemporânea, com suas peculiaridades, do que à dificuldade em aprender ou desinteresse por parte dos alunos. A discrepância entre a expectativa da escola e a realidade das crianças parece acentuar-se nesse quadro em que se convencionou chamar  modernidade.

Palavras-chave: Ensino de Leitura e escrita, Psicologia Escolar, Sociedade Contemporânea, Infância.


REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS LIMITES EM ADOLESCENTES

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
RESUMO


A finalidade deste trabalho foi investigar as representações sociais dos limites em adolescentes, de uma escola municipal da zona norte do Rio de Janeiro. A pesquisa fundamentou-se na teoria das Representações Sociais e na abordagem psicanalítica, em relação à adolescência e limites. A partir do conteúdo pesquisado, as representações sociais dos limites ficaram assim entendidas: o limite deve ser colocado e o espaço de cada um deve ser conquistado. Os adolescentes entendem a importância dos limites, porém, ainda não os têm internalizado. Conclui-se haver necessidade de se realizar trabalhos com o objetivo de conscientizar a sociedade a respeito das várias etapas da adolescência, como, por exemplo, realizar atividades culturais e lazer. Família e escola precisam estar unidas neste processo de educar